Quem está acostumado a me ver com o rosa do amor, o vermelho da paixão, o azul da alegria, o rebu de sensualismo ou até mesmo o verde de esperança, hoje vai me ver com a transparência da ausência. E estar ausente de mim mesma, não significa que não estou sentindo nada, sinto sim, mas é bem longe e vazio.
Emoções não me tocam a tempos, meu sangue não ferve de raiva e meu coração tao pouco bate acelerado de paixão. Quando olho pra dentro de mim, não vejo ódio, não vejo alegria, não vejo amor, não vejo raiva, não vejo desprezo, não vejo compaixão, não vejo nada.
Nem sei se o vazio que me toma é a vontade de desistir ou é a porta aberta para a mudança!
Sempre fui muitas e hoje sou meia.
Sempre fui ventania e hoje sou brisa.
Sempre me encantei com tempestades e o ruído forte dos trovões, hoje eu gosto do tempo fresco e sem barulho.
A dor sempre fazia chorar, hoje consigo sentir uma agulha por dentro da carne, sem nem me mover.
Ontem eu fui um furacão de emoções e hoje eu acordei assim: Ausente de mim mesma.
